Grupo faz pesquisa sobre separação do Sul do resto do Brasil
Pesquisa sobre separação dos três Estados do resto do Brasil é realizada em Curitiba
Foto: Roger Pereira/Especial para Terra
“Estamos fazendo a pesquisa para saber como é a aceitação de nossa proposta pelos cidadãos dos três Estados. Não adianta mantermos o movimento se a população é contra”, disse o coordenador do levantamento em Curitiba, professor Carlos Zatti. “Temos a informação de que 70% votariam a favor em um plebiscito, mas precisamos de dados reais”, afirmou o professor, que coordena a ação que deve ouvir 650 curitibanos aptos a votar.
A pesquisa também será feita em Florianópolis e Porto Alegre nas próximas semanas. “Curitiba é a cidade em que temos mais apoiadores, por isso começamos por aqui. Porto Alegre é onde há mais resistência. Estamos fazendo nas capitais porque é onde temos um menor percentual de pessoas favoráveis, até mesmo pela característica cosmopolita das nossas três capitais, com muitos moradores que vieram de outras regiões do Brasil”, disse.
Zatti explicou que o movimento entende que a política é o caminho para a separação e, por isso, são realizados cursos de formação em diversas cidades da região Sul, para preparar candidatos para as eleições municipais do ano que vem. “Vamos tentar eleger os primeiros vereadores apenas com o discurso do movimento. Depois tentaremos colocar gente nossa em Brasília, para que nossa questão passe a ser discutida no Congresso. A separação é para daqui a 20 ou 30 anos”, disse.
Nas primeiras entrevistas, realizadas no período da manhã, houve equilíbrio entre a quantidade de pessoas a favor e contra a proposta. Pode-se notar que para os favoráveis, o argumento mais comum é a diferença cultural e econômica entre as regiões do Brasil. “Acho que deveria separar sim. De uma maneira democrática e não com uma revolta, a separação seria importante para o desenvolvimento do nosso Estado”, disse o aposentado Cid Gomes de Carvalho, 82 anos. “Seria bom até para o resto do Brasil, que poderia se concentrar em resolver seus principais problemas”, acrescentou.
Para os contrários, o patriotismo e sentimento de nação falam mais alto. “É injusto querer separar só porque somos uma região privilegiada”, disse a operadora de caixa Maria Diniz Oliveira. “Somos responsáveis pela situação do País, temos que compartilhar riquezas e problemas”, disse a garçonete Elisângela Lopes.
Fonte: Terra
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